Introdução ao Barroco
O barroco surgiu entre os anos 1570 e 1756 e se estendeu do séc. XVII até XVIII. A palavra barroco tem sentidos tais como: grotesco, disforme e absurdo. Foi um movimento novo de arte e estilo, porém não diferente do Renascimento, talvez até uma seqüência. Dois grandes pintores foram os principais responsáveis por esse movimento: Michelangelo e Annibale. Mas mesmo sendo uma seqüência, a arte barroca era totalmente oposta as características do Renascimento, enquanto tal se importava em pregar a valorização da razão e da perfeição, a arte barroca valorizava a emoção, o sentimento, etc.
As obras da arte barroca tinham certa dramaticidade, realismo, dinamismo e contrastes fortes. Os artistas desse método “usavam e abusavam” das decorações pesadas, luzes e sombras, o que deixa a obra mais realista. Havia também muita presença nas igrejas, pois muitas obras foram encomendadas pela igreja católica.
Barroco no Brasil
A arte barroca foi trazida para o Brasil no ano de 1601 e durou até 1768. O barroco no Brasil foi o movimento artístico mais importante do per colonial, colocando em ascensão até mesmo o catolicismo e a fé. A grande produção artística barroca o Brasil ocorreu em cidades ricas e que tinham uma intensa vida cultural e artística em desenvolvimento de Minas Gerais no Séc. de ouro XVIII. Um dos principais representantes do barroco mineiro foi o escrito e arquiteto Antônio Francisco de Lisboa, o famoso Aleijadinho. Suas obras eram produzidas de pedra sabão e madeira, materiais no qual artistas barrocos muito usavam. Gregório de Matos Guerra, Boca do Inferno, é considerado o mais importante poeta barroco brasileiro. Outro importante representante na literatura como Gregório, era o padre Antônio Vieira, que se destacou pelos seus sermões. O barroco brasileiro foi marcado também pelos tais conflitos: expulsão dos franceses em 1615 e as invasões holandesas, na Bahia em 1624 e em Pernambuco em 1630. Foi o primeiro estilo de literatura no Brasil e em 1601 houve a primeira edição de um livro chamado Prosopopéia de Bento Teixeira.
Alguns trechos selecionados:
Prosopopéia
I
Cantem Poetas o Poder Romano,
Sob metendo Nações ao jugo duro;
O Mantuano pinte o Rei Troiano,
Descendo à confusão do Reino escuro;
Que eu canto um Albuquerque soberano,
Da Fé, da cara Pátria firme muro,
Cujo valor e ser, que o Céu lhe inspira,
Pode estancar a Lácia e Grega lira.
II
As Délficas irmãs chamar não quero,
que tal invocação é vão estudo;
Aquele chamo só, de quem espero
A vida que se espera em fim de tudo.
Ele fará meu Verso tão sincero,
Quanto fora sem ele tosco e rumo,
Que per razão negar não deve o menos
Quem deu o mais a míseros terrenos
Era um poema épico, tinha versos decassílabos e dispostos m oitava rima.
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